quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Patrono do Grupo Pioneiro 48

Tomás da Fonseca
Como devem saber, para além do Patrono Nacional da III, também os Grupos Pioneiros de todos os Agrupamentos têm os seus patronos específicos!
Como o Grupo é agora formado por muitos elementos que chegaram agora, aqui fica um cheirinho sobre o patrono do 48!
Tomás da Fonseca
(1877 - 1968)

Grande escritor, político, mestre e pensador da 1ª República Portuguesa.

Tomás da Fonseca, natural de Laceiras, freguesia de Pala, concelho de Mortágua, nasceu a 10/03/1877 e faleceu a 12/02/1968. Era filho de Adelino José Tomás e de Rosa Maria da Conceição e pai de Dr. António José Branquinho da Fonseca e Eng.º Tomás Branquinho da Fonseca.
Tomás da Fonseca foi uma personalidade de destaque no meio intelectual e político da sua época. Espírito brilhante e tribuno exímio, desde muito cedo se evidenciou na defesa das ideias liberais e depois do regime republicano. Teve um papel preponderante na geração que fez a República, pelo seu feitio combativo.
Era firme e intransigente na defesa das suas ideias, sempre orientado na procura da verdade e da justiça e dono de uma coragem moral que desafiou todas as vicissitudes.
Foi um lutador pela integração social do Homem e defensor intransigente dos direitos daqueles que labutam duramente.
Tomás da Fonseca foi um homem de acção, organizador e animador de inúmeras associações de carácter cultural, social, económico e político, sendo uma figura de grande relevo na campanha intensa e acidentada que precedeu a proclamação da República Portuguesa em 1910. Como deputado marcou sempre presença nos grandes actos dos primeiros tempos do novo regime.
Tomás da Fonseca não só marcou uma posição firme de grande escritor de ideias, como foi também um professor de raros recursos pedagógicos. A sua ligação ao ensino foi um acto contínuo, sendo vogal do Conselho Superior de Instrução Pública, director das Escolas Normais de Lisboa, da Universidade Livre de Coimbra, presidente do Conselho de Arte e Arqueologia da mesma cidade.
Em 1918, por se opor à ditadura de Sidónio Pais, é preso durante dois meses. Volta a ser preso em 30 de Novembro de 1928, em Coimbra, por ter participado no movimento revolucionário de 20 de Julho.
Pertenceu ao Movimento da Unidade Democrática e à Maçonaria. Feroz opositor do regime ditatorial, foi perseguido pelas suas ideias políticas e os seus livros alvo de censura e proibição.
Por várias ocasiões a PIDE deslocou-se à sua residência e às gráficas onde os livros eram impressos para os confiscar. Os seus movimentos eram constantemente vigiados, incluindo das pessoas e amigos, mortaguenses e não só, que com ele mais privavam.
Tal era a sua fama de opositor ao regime que até no dia do seu funeral, realizado para o cemitério de Mortágua, a Policia Internacional de Defesa do Estado (PIDE) enviou agentes com a missão de anotar (discretamente) as pessoas e discursos de homenagem dos que ali compareceram ao último adeus.
Caros irmãos Pioneiros, muito falta ainda desvendar sobre o nosso patrono e a sua obra, contudo, está lançada a semente, agora é a vossa vez de cuidar da árvore...
Canhotas

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